segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um coração que tudo pode curar

O Sagrado Coração do Senhor Jesus é de uma força e de um poder tão infinito, que tudo pode curar, ele em si é mais atuante do que todos os remédios feitos por mãos humanas, mãos pecadoras, pois este coração é sem nenhuma mácula, sem nenhum pecado, ao contrário, ele foi e ainda é o coração que mais ama , nele estão todos nós.
Mesmo que o sofrimento da própria miséria nos oprima ainda assim saberemos que nada temos á temer, pois com Jesus tudo pode ser curado.Devemos crer fielmente no Deus do impossível, aquele que se fez homem para o mundo e a todos guardou no mais profundo de seu coração.
Este coração é tão grande, que todos nele cabem, pois é um coração muitíssimo misericordioso, este coração do qual jorrou sangue e água no momento da Paixão para mostrar-nos o quanto é puro.Naquela época, os judeus achavam que o pecado de verdade continha-se no sangue, rasgaram o lado de Nosso Senhor para derramar seu sangue, mas desse lado tão misericordioso não saiu apenas sangue, mas SANGUE E ÁGUA.Que tão grande mostra de pureza!, um coração que tão sem mácula, não sangrou apenas, mas seu sangue fluiu juntamente com a água da vida.
E esta tão grande fonte, é seu coração, se a ele encontrarmos podemos ser curados, assim como ele foi ao ressuscitar.E este poder de cura não é apenas para doenças , mas para todos os males que doem em nossos corações, a inveja, a ira, a maldade... este coração tudo pode curar.
Muitas vezes vemos testemunhos de pessoas que dizem " Eu pedi ao Senhor e ele a mim não ajudou", mas só conseguiremos alcançar verdadeiros milagres quando conseguirmos encontrar o coração do Divino Mestre também.Não é possível pedir algo a alguém se não conhece-se seu coração,não se pode pedir mantimentos emprestados á alguém que não se conhece.Assim é Jesus, ele espera que conheçamos seu coração, sua bondade, sua misericórdia, sua compaixão, sua piedade, não apenas que conheçamos, mas que a sintamos também, para assim ele também conhecer nosso coração e possa nos curar.Há morte na doença do pecado, mas com Jesus todos podem ressuscitar para um vida nova, e então todos poderemos dizer "Ó morte, onde está a tua vitória? Cristo ressurgiu, honra e glória!"

domingo, 27 de junho de 2010

Franciscanismo e Catequese


Alguns elementos da Espiritualidade Franciscana
a serem cultivados na Catequese.

A espiritualidade cultivada por São Francisco e Santa Clara de Assis e aprofundada por uma série de santos e santas da grande Família Franciscana apresenta elementos vitais para a vida cristã, a serem cultivados desde a catequese em preparação para os sacramentos da iniciação cristã. Vejamos alguns deles:

1.Pobreza
O grande desejo de São Francisco e de Santa Clara de Assis era seguir o Cristo pobre, humilde e crucificado. Em muitos de seus escritos se fazem presentes estes três adjetivos referentes a Jesus Cristo. A pobreza, no modo de pensar e de viver de São Francisco, era a melhor forma de conformar a própria vida à de Cristo, considerando que ele nasceu, viveu e morreu pobremente, tendo como sua única riqueza o Pai. São Francisco meditava com alegria a pobreza do nascimento do Menino Jesus (daí a sua predileção pelo Natal), a sua vida pobre em Nazaré com José e Maria, a sua paixão e morte como sinais de total pobreza, com confiança apenas no Pai. Jesus esvaziou-se, aniquilou-se, fez servo obediente e humilde, e assim conseguiu a glória (cf. Fil 2,6-11). Francisco queria ser desapegado de tudo e de todos para ser plenamente pobre e livre para Deus.
É importante e vital cultivar nos catequizandos o desapego a tudo que aprisiona e escraviza na vida diária: manias, egoísmo, vaidade, auto-suficiência, prepotência, modismos, individualismo... Ser pobre é condição para participar do céu. A nossa única riqueza é Deus, fonte de todo bem e garantia de nossa paz!

2.Minoridade
São Francisco quis ser menor, deu à Ordem iniciada por ele o nome de Ordem dos Frades Menores. Deus se fez Menor, fez-se nosso Irmão. Na minoridade de Deus, está a fonte e o sentido de toda busca de perfeição.
Num mundo onde a concorrência pelos melhores lugares é a situação de cada dia, o cristão precisa ser menor, acreditando e mostrando que Deus é que nos dá o exemplo máximo de minoridade. Se quisermos seguir-lhe o exemplo, precisamos evitar tudo que alimenta em nós a sede de grandeza e de superioridade.
É preciso evitar, na Catequese, qualquer tipo de atividade que alimente sentimentos de concorrência de uns sobre os outros. Pelo contrário, a mútua ajuda deve ser o exercício diário, cultivando nos catequizandos o serviço recíproco, a humildade em ensinar e em aprender, a simplicidade que nos aproxima de Jesus Cristo e nos faz mais humanos e mais irmãos.

3.Fraternidade
Deus se fez nosso Irmão. A fonte da vida em fraternidade está em Deus mesmo. Ele é nosso Pai, Ele é nosso Irmão em Jesus Cristo. Na vida fraterna está o ambiente e o espaço vital da vivência do mandamento maior, identidade de todo seguidor de Jesus Cristo: o Amor. É vivendo este Amor que continuamos a missão de Jesus Cristo: ser presença do Amor e da Misericórdia do Pai no mundo. Na Fraternidade encontramos, na pobreza e na simplicidade de cada um, a riqueza e a prodigalidade de Deus, que distribui seus dons a cada um para serem colocados a serviço do bem comum. Cultivamos a perfeição que Deus quer de nós quando buscamos tornar presente em nossa vida o bem que vemos e sentimos presente em cada um de nossos irmãos e irmãs. É esta lição que São Francisco nos ensina no capítulo 85 do Espelho da Perfeição.
São Francisco é o Irmão Universal, em sintonia com toda a obra da Criação, zeloso cultivador da Fraternidade Universal.
É de suma importância cultivar nos catequizandos este supra-sumo da vida cristã e franciscana: a fraternidade. O céu é presença da fraternidade perfeita. Quem quiser participar dele precisa cultivar o amor entre irmãos e irmãs. Do contrário, não estará crendo em Deus como Pai.

4.Paz e reconciliação
São Francisco é o Profeta da Paz. No episódio de Gúbio, Francisco se apresenta como o homem da paz e da reconciliação, pacificando a ira e afastando a discórdia do meio da humanidade (cf. I Fioretti, 21). Acreditando em Jesus como Aquele que vem trazer a Paz à terra e reconciliar a humanidade com Deus (cf. Carta a toda a Ordem, 13), São Francisco se faz instrumento desta Paz, cultivando a reconciliação entre todos. Assim agiu entre o prefeito e o bispo de Assis, anunciou a paz ao sultão, pregava a paz por onde passava com seus confrades em suas peregrinações e missões.
A paz é uma causa a ser assumida por todo seguidor de Jesus Cristo. É preciso cultivar na catequese este valor, indispensável na convivência humana. Precisamos todos ser instrumentos de paz e reconciliação na sociedade em que vivemos. Só isto pode garantir a sobrevivência da pessoa humana em sua dignidade e o cuidado da vida nas suas mais diversas manifestações.

5.Justiça
A justiça se apresenta como elemento básico na construção da paz. A Família Franciscana, no mundo inteiro, tem assumido a causa da justiça como elemento inerente à espiritualidade cultivada por São Francisco e Santa Clara. Suas vidas são um grito profético pedindo que a humanidade cultive valores que são indispensáveis para a convivência humana na construção da paz: a fraternidade, a minoridade, o respeito pela Criação, a prática da justiça nos relacionamentos humanos. É triste constatar que pessoas humanas se matam, se desrespeitam, se desconsideram, se odeiam... A falta de justiça desumaniza, arranca a dignidade da pessoa, fere a divindade de Deus presente em cada ser humano...
O cultivo da justiça na catequese deve passar por atividades que incentivem os catequizandos a observar mais e melhor a realidade ao seu redor e contribuir na busca de soluções para os grandes problemas que afetam a dignidade da pessoa humana (fome, desemprego, discriminações racial, social, política, religiosa e cultural, etc.). A prática da justiça deve ser exercitada nas mais simples situações do dia a dia, a começar dentro de nossas casas.

6.Integridade da Criação (Ecologia)
São Francisco é o Irmão Universal, que cultivou a Fraternidade Universal com fundamento em Deus mesmo, Criador e Pai de todos. Ferir a dignidade de qualquer uma das criaturas ou do menor dos seus filhos é ferir a Deus mesmo. O cuidado pela integridade da Criação não é uma questão baseada em interesses econômicos. É preciso cuidar da Criação porque Deus nos colocou como administradores dela, não donos, e somos interdependentes, estamos todos relacionados uns com os outros numa grande teia. É impossível ferir uma parte da Criação sem estar ferindo toda ela.
A catequese é espaço privilegiado de cultivo do amor pela Criação, através de aprendizagem de lições que a natureza nos dá para a nossa vida e convivência humanas.

7.Eucaristia
A primeira das Admoestações ou Exortações de São Francisco é dedicada à Eucaristia. Ao entrar numa igreja, São Francisco rezava: “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas igrejas que estão no mundo inteiro e vos bendizemos porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”. Em São Francisco, a Eucaristia é o Natal acontecendo de novo, na simplicidade de Deus, em sua divina forma de cuidar da vida de seus filhos e filhas. Neste sacramento, Francisco e Clara encontraram sempre forças para vencer toda dificuldade.
É extremamente necessário cultivar nos catequizandos um amor entranhado à Eucaristia. É preciso cultivar esta comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs. A Missa é prenúncio do céu, celebração da fraternidade, encontro sagrado com a Igreja-Comunidade, alimento indispensável do cristão peregrino neste mundo. O cristão/catequizando que não gosta de ir à Missa está, infelizmente, no lugar errado. Não se pode cultivar a comunhão se não se quer entrar em comunhão, e vice-versa. A fé que não é alimentada na Comunhão com Cristo e com a Comunidade de fé esmorece, desanima, fenece, morre. É na Eucaristia que podemos encontrar o alimento da Palavra e do Pão divinos, que nos fazem corajosos e audaciosos nas lutas do dia a dia de nossas vidas.

8.Devoção a Nossa Senhora
Maria ocupou lugar de destaque na vida e na obra de São Francisco e de Santa Clara de Assis. Francisco a constituiu Rainha e Advogada da Ordem dos Frades Menores; foi sempre filial admirador de sua simplicidade e pobreza e de sua dignidade como Mãe do Filho de Deus, mistério que contemplava extasiado diante do presépio. Francisco compôs belíssimas orações dirigidas a Nossa Senhora e mostrou-se sempre zeloso devoto de sua santidade e filho confiante em sua intercessão.
Considerando que a catequese é a educação da fé cristã em vista de um amadurecimento e da construção da autonomia na gestão do testemunho da fé, é indispensável cultivar nos catequizandos uma filial devoção a Nossa Senhora e Mãe Maria, como elemento constitutivo da vida cristã. Não será necessário dizer que o catequista e os pais devem dar testemunho desta devoção, no sagrado convívio do lar, na vida cotidiana e nos encontros semanais de catequese.

São estes alguns dos muitos elementos da espiritualidade franciscana que podem e precisam ser cultivados na catequese, nos seus diversos níveis, adaptando-os às realidades próprias de cada etapa. Todo cristão tem consigo um coração franciscano. Apenas é necessário alimentá-lo e incentivá-lo na prática do bem que está nele e da paz que ele pode ajudar a construir.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Sangue de Nosso Senhor derramado nas gloriosas orações


Estas orações á seguir, que tocam verdadeiramente o coração são dedicadas á o Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor e Rei, aquele de deu a vida por nós e por isso tem a vida eterna junto ao Eterno Pai Celestial:

Oração para invocar a Santíssima Alma de Cristo:

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me separe de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da morte, chamai-me,
e mandai-me ir para vós,
para que com os vossos Santos vos louve,
por todos os séculos dos séculos.
Amém.


Conversa para com Nosso Senhor:

"Meu querido Jesus Cristo, em vós deposito toda minha confiança. Vós sabeis de tudo, ó Pai e Senhor do Universo. Vós sois o Rei dos Reis. Vós que fizestes o paralítico andar, o morto voltar a viver e o leproso sarar. Vós que vedes minhas angústias, minhas lágrimas, bem sabeis, Divino Amigo, como preciso alcançar de vós esta graça que espero, com muita fé e confiança. Fazei, Divino Jesus Cristo, que eu a alcance, pois, necessito muito, por isso vos peço com muita fé (fazer o pedido com bastante fé e firmeza). A conversa convosco, meu grande Mestre, me dá ânimo e alegria para viver. Como gratidão, mandarei imprimir um milheiro desta oração e distribuirei a outros que precisam de vós, para que aprendam a Ter fé e confiança em Vossa Misericórdia. Iluminai meus passos, assim como o sol ilumina todos os dias o amanhecer. Jesus Cristo, tenho total confiança em vós e a cada dia que passa aumenta minha fé e meu amor!"

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e Glória ao Pai.


Invocação dos méritos do Preciosíssimo Sangue de Jesus:


Jesus misericordioso, não deixeis perder o Vosso Preciosíssimo Sangue, mas que as mãos puríssimas da Vossa Mãe Santíssima recolham todas as gotinhas e as levem às almas tentadas e aflitas.


Pelo Coração Doloroso e Imaculado de Maria, peço-Vos que não deixeis perder o Preciosíssimo Sangue derramado na Coroação de Espinhos. Que Ele caia sobre a cabeça e o coração dos jovens, e lhes dê horror ao pecado.

Jesus misericordioso, pelo Preciosíssimo Sangue derramado na Flagelação, abençoai os cristãos perseguidos, as almas vítimas, os sacerdotes e almas consagradas, tornando-os, heroicamente, fiéis à sua vocação e missão.

Jesus misericordioso, eu Vos ofereço o Preciosíssimo Sangue derramado na Cruz, até à última gota, pelos pecadores e agonizantes de cada dia, até o fim do mundo.

Jesus misericordioso, eu Vos ofereço o Sangue e Água que saíram da Chaga do Vosso Coração Santíssimo, por todos os que, na última hora, recusaram o Vosso perdão.

Ó Sangue e Água, que brotastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós!

Coração de Jesus, rico em misericórdia, nós confiamos em Vós, mas aumentai a nossa confiança.

Grande é a nossa miséria... mas é maior a Vossa Misericórdia, porque é infinita.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Salete, a mensagem de Maria para a nossa salvação

Em 19 de setembro de 1846, duas mocinhas guardadoras de vacas, Mélanie Calfat (14 anos), e Maximin Giraud (13 anos), tiveram uma inusitada visão da Santa Virgem em La Salette, povoado cerca de 70 km de Grenoble (sul da França), nas montanhas alpinas, 1800 m de altitude. Eram três horas da tarde, o céu estava claro e o sol brilhava intensamente, não a ponto de impedir que vissem um globo luminoso se abrir e deixar transparecer uma SENHORA LUMINOSA sentada sobre a rocha, com os cotovelos sobre os joelhos, chorando e com o rosto entre as mãos. Assustadas, a Senhora as acalmou (pretendiam bater nela com o cajado) pedindo que não tivessem medo e que estava ali “para lhes contar uma grande novidade”.

Maximin e Mélanie

Por certo tempo a Senhora Luminosa conversou com elas assuntos triviais da colheita, depois, repentinamente Mélanie ficou surda, enquanto sua amiga ouvia da Senhora um segredo profético. Revelado este, foi a vez de Maximin ficar surda, enquanto Mélanie passou a receber outro segredo.Este último muito mais longo que o primeiro. Quando a Senhora acabou, ambas passaram a ouvir novamente, e a Senhora continuou seu diálogo trivial, recomendando que fizessem suas orações, etc. etc..Depois, “ela começou a se derreter - descreveram puerilmente depois as meninas - como manteiga na frigideira” E se foi.

Não demorou muito e todo o povoado ficou sabendo dos acontecimentos sobrenaturais nas montanhas. Começou então a via crucis das meninas, que foram inúmeras vezes duramente interrogadas para que revelassem o segredo que a Senhora lhes confiara. Isso só aconteceu em 1851, quando as meninas escreveram suas respectivas mensagens em carta lacrada endereçada ao papa Pio IX, a quem julgaram merecedor de conhecer os segredos.

A partir de 1872 uma publicação, sob a assinatura de Mélanie Calfat, que era um extrato do segredo, apareceu em Lecce, na Itália meridional. Em 15 de novembro de 1879 recebeu oImprimatur do bispo Monsenhor Zola. No decorrer dos anos ora a Igreja confirmou ora condenou a mensagem que circulava na Europa.

SEGREDOS DE LA SALETTE

"Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e pedem vingança... por amor ao dinheiro, às honras".

“Mélanie, isto que eu vou te dizer agora não será sempre um segredo. Vós podeis publicar em 1858. Os sacerdotes, ministros de meu Filho, por sua má vida, por suas irreverências e impiedade ao celebrar os santos mistérios, por seu amor ao dinheiro, às honras e as prazeres, se convertem em cloacas de impureza, se os sacerdotes pedem vingança e a vingança pende sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e pessoas consagradas a Deus que por suas infidelidades e má vida crucificam de novo a meu Filho! Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e pedem vingança, e eis aqui que a vingança está às portas, pois já não se encontra nada que implore misericórdia e perdão para o povo; já não há almas generosas nem pessoa digna de oferecer a vítima sem mancha ao Eterno a favor do mundo.


Deus vai golpear de uma maneira sem igual. Desgraça aos habitantes da Terra! Deus vai derramar toda a sua cólera e pessoa alguma poderá se subtrair a tantos males juntos. Os chefes, os condutores do povo de Deus negligenciaram a prece e a penitência, e o demônio obscureceu suas inteligências, se converteram em estrelas errantes que o velho diabo arrastará com sua cauda para fazê-los perecer. Deus permitirá à velha serpente que coloque divisões entre os governantes, em todas as sociedades e em todas as famílias. Então se sofrerá de penas físicas e morais; Deus abandonará os homens a eles mesmos, e enviará castigos que se sucederão por mais de 35 anos. A sociedade está às vésperas dos flagelos os mais terríveis e dos maiores acontecimentos; deve-se esperar ser governado por uma vara de ferro e a beber o cálice da cólera de Deus.

Que o Vicário de meu Filho, o soberano pontífice Pio IX, não saia mais de Roma depois do ano de 1859, mas que ele seja firme e generoso. Que ele combata com as armas da fé e do amor. Eu estarei com ele. Que se desconfie de Napoleão[Napoleão III]. Seu coração é duplo. E quando ele vier a ser de uma vez papa e imperador, bem depressa Deus se afastará dele. Ele é esta águia que, querendo sempre se elevar, tombará sobre a espada da qual ele queria se servir para obrigar os povos a enaltecê-lo. A Itália será punida por sua ambição em querendo sacudir o jugo do Senhor dos senhores. Também ela será entregue a guerra. O sangue correrá de todos os lados. As igrejas serão fechadas ou profanadas. Os padres, os religiosos serão perseguidos; serão postos à morte e morrerão de morte cruel. Vários abandonarão a fé e o número de padres e religiosos que se separarão da verdadeira religião será grande. Entre estas pessoas serão encontrados até mesmo os bispos!

Que o papa tome precaução contra os fazedores de milagres, pois tempos virão que os prodígios os mais espantosos terão lugar sobre a terra e o ar. No ano de 1864 [data codificada], Lúcifer com um grande número de demônios serão soltos do inferno. Eles abolirão a fé pouco a pouco, mesmo entre as pessoas consagradas a Deus; , essas pessoas tomarão o espírito de seus maus anjos: muitas casas religiosas perderão completamente a fé e muitas almas se perderão. Os maus livros abundarão sobre a terra e os espíritos das trevas espalharão por todos os lugares um relaxamento universal em tudo aquilo que diz respeito ao serviço de Deus. Eles terão um imenso poder sobre a natureza. Haverá igrejas para servir a esses espíritos. Haverá por toda parte prodígios extraordinários, porque a verdadeira fé terá se extinguido e a falsa luz alumia o mundo. Ai dos príncipes da Igreja que se dedicarão unicamente a amontoar riquezas sobre riquezas, por a salvo sua autoridade a dominar com orgulho! As pessoas serão transportadas de um lugar para o outro por esses espíritos malvados. E mesmos os padres - porque eles não estarão sendo conduzidos pelo bom espírito do evangelho, que é um espírito de humildade, de caridade e de zelo pela glória de Deus. Poder-se-á ressuscitar os mortos e os justos (quer dizer que estes mortos tomarão a aparência de almas justas que haviam vivido sobre a terra, a fim de melhor seduzir os homens. Esses pretensos mortos ressuscitados, que não serão outra coisa senão demônios sob estas aparências, pregarão um evangelho contrário àquele do verdadeiro Cristo Jesus, negando a existência do céu), seja ainda as almas dos condenados. O Vicário de meu Filho terá que sofrer muito, porque por um tempo a Igreja será entregue a grandes perseguições. Estes serão os tempos das trevas, a Igreja terá uma crise horrenda. A santa fé de Deus sendo esquecida, cada indivíduo virá guiar-se por si mesmo, e será superior a seus semelhantes. Serão abolidos os poderes civis e eclesiásticos; toda ordem e toda justiça serão calcadas aos pés; não se verão senão homicidas, ódios, ciúmes, invejas, mentiras e discórdias, sem amor pela pátria nem pela família.

O Santo Padre sofrerá bastante; eu estarei com ele no fim para receber seu sacrifício. Os malévolos atentarão várias vezes contra sua vida sem poder impedir seus dias; Mas nem ele, nem seu sucessor, que não reinará por longo tempo, verão o triunfo da Igreja de Deus [refere-se ao papa João Paulo II e seu sucessor, Glória da Oliveira, conforme se vê na revelação do 3. Segredo de Fátima]. Os governantes civis terão todos um mesmo desígnio, que será de abolir e fazer desaparecer todos os príncipes religiosos, para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo, e a toda espécie de vícios. No ano de 1865 ver-se-á abominação nos lugares santos, nos conventos, as flores da Igreja estarão corrompidas e o demônio se fará passar como o rei dos corações. Que aqueles que estão à testa das comunidades religiosas tomem cuidado com as pessoas que eles devem receber, porque o demônio usará de toda sua malícia para introduzir nas Ordens religiosas pessoas habituadas ao pecado; pois as desordens e o amor aos prazeres carnais estarão espalhados por toda a Terra.

A França, a Itália, a Espanha e a Inglaterra estarão em guerra. O sangue correrá pelas ruas. Os franceses lutarão contra os franceses, os italianos contra os italianos; em seguida haverá uma guerra geral que será espantosa. Por um tempo Deus não se lembrará mais da França nem da Itália, porque o Evangelho de Jesus Cristo não é mais conhecido. Os malvados defraudarão toda a sua malícia. Farão assassinatos, se massacrará mutuamente até dentro das casas. No primeiro golpe de sua espada fulminante, as montanhas e a natureza inteira tremerão de assombro, porque as desordens e os crimes dos homens traspassarão a abóbada dos céus. Paris será queimada e Marselha tragada pelo mar.

Vedes o Sena, quantas pessoas nele se atirarão; a maioria virá lançar-se desvairadamente, fugindo ao fogo que estará como que suspenso sobre a cidade. Haverá quarteirões em que o fogo do céu estará como que suspenso acima das casas, mas não destruirá nada, enquanto em outros, até as pedras se tornarão em pó. Muitas grandes cidades serão abaladas e engolidas pelos tremores de terra. Crer-se-á que tudo estará perdido, não se verão senão homicidas, não se ouvirá senão barulho de armas e blasfêmias. Os justos sofrerão muito. Suas preces, suas penitências e suas lágrimas subirão até o céu e todo o povo de Deus pedirá perdão e misericórdia, e pedirá minha ajuda e minha intercessão. Então Jesus Cristo, por um ato de sua justiça e de sua grande misericórdia pelos justos, comandará seus anjos até que todos os seus inimigos sejam postos à morte. Todos de uma vez, os perseguidores da Igreja de Jesus Cristo e todos os homens entregues ao pecado perecerão, e a terra se tornará como um deserto. Então se fará a paz, a reconciliação de Deus com os homens. Jesus Cristo será servido, adorado, glorificado, a caridade reflorescerá por toda parte, os novos reis serão o braço direito da Santa Igreja, que será forte, humilde, piedosa, pobre, zelosa e imitadora das virtudes de Jesus Cristo. O Evangelho será pregado por toda parte, e os homens farão grandes progressos na fé, porque haverá unidade entre os obreiros de Jesus Cristo, e que os homens viverão no temor de Deus.

Esta paz entre os homens não será longa. Vinte e cinco anos de abundantes colheitas lhes farão esquecer que os pecados dos homens são a causa de todas as penas que recaem sobre a terra. Um precursor do Anticristo, com suas tropas de várias nações, combaterá contra o verdadeiro Cristo, o único salvador do mundo. Será derramado muito sangue e virá aniquilar o culto a Deus, por se fazer considerar como um Deus. A Terra será atingida de toda espécie de chagas, além da peste e da fome, que serão gerais, e haverá guerras até a derradeira guerra, que será então feita pelos dez reis do Anticristo, os quais terão todos um mesmo desígnio, e serão os únicos que governarão o mundo.

Antes que isso aconteça, haverá uma espécie de falsa fé no mundo. Não se pensará senão em se divertir. Os malvados se entregarão a toda sorte de pecados. Mas os filhos da Santa Igreja, os filhos da fé, meus verdadeiros imitadores, crerão no verdadeiro amor de Deus e nas virtudes que me são as mais caras. Felizes as almas humildes, conduzidas pelo Espírito Santo! Eu combaterei com elas até que chegue a plenitude da época. A natureza pede vingança pelos homens e ela estremece, as águas fervilham espantosamente, treme-se na expectativa daquilo que deve acontecer à terra manchada de crimes.

Treme, terra, e vós que fizestes profissão de servir Jesus Cristo, e que no interior vos adorastes a vós mesmo, tremei, pois Deus vai vos entregar aos vossos inimigos, porque os lugares santos estão na corrupção. Muitos conventos não são mais as casas de Deus, mas paragem de Asmodeus e dos seus. Será durante esse tempo que nascerá o Anticristo, de uma religiosa hebraica, de uma falsa virgem que terá comunicação com a velha serpente, a senhora da impureza; seu pai será bispo; ao nascer vomitará blasfêmias, terá dentes; em uma palavra, será o diabo encarnado; soltará gritos espantosos, fará prodígios, só se alimentará de impurezas. Terá irmãos que, embora não sejam como ele, demônios encarnados, serão filhos do mal; aos doze anos se farão notar pelas valorosas vitórias que alcançarão. Bem cedo eles estarão cada um a frente dos exércitos, assistidos pelas legiões do inferno. As estações estarão trocadas, a terra não produzirá senão maus frutos. Os astros perderão seus movimentos regulares; a lua não refletirá senão uma pálida luz avermelhada. A água e o fogo darão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis tremores de terra que farão engolir as montanhas, as cidades, etc. Roma perderá a fé e se tornará a sede do Anticristo. Os demônios do ar, com o Anticristo, farão grande prodígios na terra e nos ares, e os homens se perverterão mais e mais. Deus cuidará de seus fiéis servidores e dos homens de boa vontade. O Evangelho será pregado em todos os lugares. Todos os povos e todas as nações conhecerão a verdade.

Eu dirijo uma apressada chamada à Terra; chamo os verdadeiros discípulos de Deus que vive e reina nos Céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito homem, o único e verdadeiro salvador dos homens; chamo meus filhos, meus verdadeiros devotos, os que me têm consagrado a fim de que os conduza ao meu divino Filho, os que levo, por assim dizer, em meus braços, os que têm vivido do meu espírito; finalmente chamo os apóstolos dos últimos tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo que têm vivido no menosprezo do mundo e si mesmos, na pobreza e na humildade, no menosprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e desconhecidos do mundo. Já é hora que saiam e venham iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como meus filhos queridos, eu estou convosco e em vós, conquanto vossa fé seja luz que os ilumine em esses dias de infortúnio. Que vosso zelo os faça famintos da glória de Deus e da honra de Jesus Cristo. Pelejai, filhos da luz, vós, pequeno número que aí vedes; pois eis aqui o tempo dos tempos, o fim dos fins. A Igreja será eclipsada, o mundo ficará consternado. Mas eis aí Enoque e Elias, cheios do espírito santo de Deus; pregarão com a força de Deus, e os homens de boa vontade crerão em Deus, e muitas almas serão consoladas; farão grandes prodígios pela virtude do Espírito Santo e condenarão os erros diabólicos do Anticristo. Desgraça aos habitantes da Terra! Haverá guerras sangrentas e fome, pestes e doenças contagiosas, chuvas de granizo e saraivadas em grande quantidade, aterrorizando até os animais. Os trovões sacudirão as cidades. Os tremores de terra engolirão os países. Serão ouvidas vozes no ar. Os homens baterão suas cabeças contra as muralhas. Eles chamarão pela morte e por outro lado a morte fará seu suplício; o sangue correrá de todos os lados. Quem poderá vencer se Deus não diminuir os tempos da provação? Pelo sangue, as lágrimas e as preces dos justos, Deus se deixará comover. Enoque e Elias serão postos à morte. Roma afligida, desaparecerá, e o fogo do céu tombará e consumirá três cidades. Todo o universo será atingido pelo terror e muitos se deixarão seduzir porque eles não adoraram o verdadeiro Cristo vivo no meio deles. Em tempo: o sol se obscurecerá, a fé sozinha viverá. Eis os tempos, o abismo se abre. Eis o rei dos reis das trevas. Eis a besta com seus negócios, dizendo-se o salvador do mundo. Ela se elevará com orgulho nos ares por ir até o céu. Ela será destruída pelo sopro de São Miguel Arcanjo. Ela tombará, e a Terra que, depois de três dias, estará em contínuas evoluções, abrirá seu seio cheio de fogo. Ela será mergulhada no jamais, com todos os seus, nas profundezas eternas do inferno. Então a água e o fogo purificarão a Terra, e consumirão todas as coisas dos orgulhosos homens, e tudo será renovado. Deus será servido e glorificado".


terça-feira, 22 de junho de 2010

A Rainha do céus e da Terra em suas Dores amarguradas


Maria, a mais pura dentre as criaturas, submeteu sua vontade á vontade de Deus, fez-se pequena perante o Senhor e o Senhor á exaltou.Aceitando sua cruz, Maria aceitou Jesus, o filho de Deus, que despindo-se de sua Divindade fez-se homem por amor ao Pai e sua criação, o homem " E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz"(Filipenses 2:8).Maria seguiu Jesus em toda a vida, paixão e morte de Nosso Senhor.Sendo ela mesma crucificada com Ele "Junto á cruz de Jesus estavam de pé sua MÃE, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena"(João 19:25)
A devoção á Nossa Senhora das Dores, também chamada de Nossa Senhora da Piedade , Nossa Senhora das Angústias e das Lágrimas está enraizada em todo o evangelho, marcado pelas dores de Maria em paralelo ao Sacrifício de Jesus.Nasceu da devoção pública e foi promulgada pelo Papa Benedito XIII, em 22 de Agosto de 1727, a pedido da Ordem dos Servos de Maria (Servitas), que particularmente rezavam as dores do coração de Maria desde o século XIV.Durante o pontificado do Papa Pio X (1903 á 1914) a data da celebração foi fixada em 15 de Setembro, sob o nome de Virgem Maria Dolorosa
Deus quer que o homem participe do projeto da salvação buscando praticar o bem e ajudando o próximo, usando para isso de todas as suas forças e quando estas lhe faltarem, que rezemos á Deus como São Paulo "Bendito seja Deus, o Pai de Nosso Senhor, Jesus Cristo, o Pai das misericórdias,Deus de toda a consolação, quem nos conforta em todas as nossas tribulações, para que,pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus possamos consolar os que estão em qualquer angústia! Com efeito, á medida que em nós crescem os sofrimentos de Cristo, crescem também por Cristo as nossas consolações.Se pois, somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; nos magoam, mas nós estamos sempre felizes; somos pobres, mas enriquecemos a muitos; não temos nada, mas possuímos tudo." (2ª carta de São Paulo aos Coríntios 1:3-6;6:9)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ato de Oblação ao Amor Misericordioso de Jesus Cristo - Composto por Santa Teresinha


Ó meu Deus! Bem-aventurada Trindade, desejo amar-Vos e fazer que Vos amem, trabalhar pela glorificação da Santa Igreja, salvando as almas que estão na terra e libertando as que sofrem no Purgatório. Desejo cumprir, perfeitamente, Vossa vontade e alcançar o grau de glória que me preparastes em Vosso Reino. Numa palavra, desejo ser santa, mas sinto minha insuficiência, e peço-Vos, ó meu Deus, sede Vós mesmo a minha santidade.

Já que amastes a ponto de me dardes Vosso Filho Único para ser meu Salvador e meu Esposo, meus são os infinitos tesouros de seus méritos. Com prazer Vo-los ofereço, suplicando-Vos não olheis para mim senão através da face de Jesus e dentro de Seu Coração abrasado de amor.

Ofereço-Vos, também, os merecimentos dos Santos (que estão no Céu e na terra), seus atos de amor e os dos Santos Anjos.

Ofereço-Vos, afinal, ó Bem-aventurada Trindade, O amor e os méritos de Santíssima Virgem, minha querida mãe, a quem entrego minha oblação, com o pedido que Vo-la apresente. Seu divino Filho, meu Bem-amado Esposo, disse-nos em dias de Sua vida mortal: “Todo quanto pedirdes ao meu Pai em meu nome, vo-lo dará!” (Jo 15,16). Tenho, pois, certeza de que atendereis meus desejos. Isto sei eu, ó meu Deus, quanto mais quereis dar, tanto mais impelis a desejar. Sinto no coração desejos imensos, e confiante vos peço que venhais tomar posse de minha alma. Ah! Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes quantas desejo. Mas, Senhor, não sois Todo poderoso? Ficai em mim, como no tabernáculo, jamais Vos ausenteis de Vossa pequenina hóstia...

Quisera consolar-Vos da ingratidão dos perversos, suplicando-Vos que me tireis a liberdade de Vos agravar. Se alguma vez cair por fraqueza, Vosso Divino Olhar me purifique imediatamente a alma, consumindo todas as minhas imperfeições, como o fogo que transforma em si próprio todas as coisas.

Agradeço-Vos, ó meu Deus, todas as graças que me concedestes, de modo particular a de me terdes feito passar pelo cadinho do sofrimento. Exultante Vos contemplarei no último dia, a empunhar o cetro da Cruz. Uma vez que Vos dignastes dar-me como partilha a cruz tão preciosa, espero assemelhar-me convosco no Céu, e que em meu corpo glorificado veja resplandecer os sagrados estigmas de Vossa Paixão...

Terminado o exílio da terra, espero ir gozar convosco na Pátria. Não quero, porém, juntar méritos para o Céu, quero trabalhar por Vosso único amor, com o único intuito de Vos agradar, de consolar Vosso Sagrado Coração e de salvar almas que Vos amem eternamente.

No entardecer da vida, comparecerei diante de Vós com mãos vazias, pois não Vos peço, Senhor, que leveis em conta minhas obras. Todas as nossas justiças têm defeitos aos Vossos olhos. Quero, pois, revestir-me de Vossa própria justiça, e receber de Vosso amor a eterna posse de Vós mesmo. Não quero outro trono nem outra coroa senão Vós mesmo, ó meu Bem-amado!...

O tempo nada conta aos Vossos olhos. Um único dia é como se fossem mil anos. Podeis, portanto, preparar-me num instante para comparecer à Vossa presença.

A fim de viver em ato de perfeito amor, “ofereço-me como vítima de holocausto ao Vosso amor misericordioso”, pedindo-Vos que me consumais sem cessar, e façais irromper em minha alma as torrentes de infinita ternura que em Vós se comportam, se assim me torne mártir de Vosso amor, ó meu Deus!...

Depois de preparada para comparecer à Vossa presença, esse martírio me faça enfim morrer, e minha alma se lance sem demora ao eternal amplexo de Vosso misericordioso amor...

Quero meu Bem-amado, a cada batida do coração, renovar-Vos esta oblação um sem-número de vezes, até que, desfeitas as sombras, possa afiançar-Vos meu amor num eternal face a face!

Maria Francisca Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, indigna religiosa carmelita.
Festa da Santíssima Trindade, 9 de junho do ano da graça 1895

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tudo começou em São Damião

Para podermos compreender o início dos inícios temos que nos reportar ao Testamento de Clara. A leitura de algumas dessas linhas nos coloca diante de coisas simples, mas fundamentais. Era preciso inventar o novo.

“Depois que o Altíssimo Pai celestial, por misericórdia e graça, se dignou iluminar meu coração para fazer penitência segundo o exemplo e ensino de nosso bem-aventurado pai Francisco, pouco depois de sua conversão, com algumas irmãs que Deus me dera logo após a minha conversão, eu lhe prometi obediência voluntariamente, como o Senhor nos concedera pela luz da sua graça através da vida admirável e do ensinamento dele. Vendo o bem-aventurado Francisco que nós, embora frágeis e fisicamente sem forças, não recusávamos nenhuma privação, pobreza, trabalho, tribulação nem humilhação ou desprezo do mundo, e até julgávamos tudo isso as maiores delícias, como pôde comprovar freqüentemente em nós a exemplo dos santos e dos seus s frades, alegrou-se muito no Senhor. E, movido de piedade para conosco, assumiu o compromisso, por si e por sua Ordem, de ter sempre por nós o mesmo cuidado diligente e a mesma atenção especial que tinha para com seus irmãos. E assim, por vontade de Deus e do nosso bem-aventurado pai Francisco, fomos morar junto da igreja de São Damião, onde em pouco tempo o Senhor nos multiplicou por sua misericórdia e graça, a fim de que se cumprisse o que tinha predito por seu santo. Pois, antes tínhamos morado em outro lugar, por pouco tempo” (24-32).

1. Agora as irmãs chegam ao seu espaço. Elas vão morar junto da igrejinha de São Damião. Para nós, franciscanos, São Damião evoca uma página dourada de nossa família espiritual. Aquele crucifixo! E lá foram se instalar esses mulheres, nossas irmãs, mulheres pobres, bonitamente pobres e desejosas de viverem à sombra do amor de Deus manifestado em Jesus e tão presente nos espaços de São Damião. Ali acontece o verdadeiro começo da vida das irmãs e que tem como fundamento a pessoa de Clara. E Francisco, ele mesmo ou através dos seus frades daquele tempo e de sempre haveriam de cuidar dessa fraternidade das damianitas.

2. Francisco confia nelas. Sabe que são tenazes e capazes de suportar a pobreza e os desafios. Clara revela em suas filhas que Francisco reconhecia força e vigor nessas frágeis mulheres...

3. Ali Clara entra como peregrina e forasteira, nesta casa pobre e despojada. Ali haverá a contemplação do Deus, único bem, a vontade de viver somente para ele. Esta a base da vida de Clara e de suas duas companheiras. Esse caminho Clara assume porque Deus mesmo o revelou ao coração sob a inspiração de Francisco.

4. Ali entra para fazer penitência, entrar num caminho verdadeiro de conversão que quer percorrer ao longo de toda a sua vida. Os franciscanos são penitentes. Essa a nossa profissão. Entrar num esquema de vida novo. Mudar o coração. Deixar o desejo de posse, de brilho e viver de outro modo.

5. No momento em que Francisco leva as três irmãs para São Damião, para elas começa alguma coisa completamente nova, que precisará ser inventada. Há umas poucas certezas básicas que fundamentam o seu “estar juntas”:

  • Iluminação do Espírito Santo para seguir os passos de Cristo pobre e crucificado no estilo de Francisco.
  • Trata-se de tomar o Evangelho como constante ponto de referência deixando-se levar pela graça num abandono sem restrições nas mãos do Pai das misericórdias.
  • A pobreza absoluta será um ponto fundamental inquestionável.
  • Da mesma forma será ponto básico o amor exclusivo pelo Senhor Jesus Cristo alimentado por longa e incessante oração. As três irmãs, como conseqüência, haveriam de se querer e, juntas, amar os mais pobres.
  • A concretude de uma pobreza escolhida por amor e vivida na alegria comportava um desprezo por parte da sociedade da época, sobretudo pelas famílias nobres às quais as três pertenciam. Clara e suas duas primeiras companheiras colocam-se na categoria do minores, os últimos da escala social, aqueles que não contam.
Frei Almir Guimarães, OFM

quinta-feira, 17 de junho de 2010

As 15 orações de Jesus Cristo á Santa Brígida




Um dos aspectos mais conhecidos da vida de Santa Brígida são as muitas visões com que o SENHOR JESUS lhe favoreceu, especialmente as que se referem aos sofrimentos de sua Paixão e a certos acontecimentos de sua época. Por outro lado, ela sempre teve grande desejo de saber quantas marcas ficaram no Corpo de NOSSO SENHOR provocadas pelos açoites e os ferimentos diversos, causados pela coroa de espinhos, as agressões e flagelações no Pretório e no Caminho do Calvário, durante a Sua abominável e cruel Paixão. Um dia JESUS lhe apareceu e disse:

“Recebi em Meu Corpo, cinco mil, quatrocentos e oitenta ferimentos. Se queres honrá-los em verdade, reze 15 PAI NOSSO e 15 AVE MARIA, durante um ano. Ao terminar, tereis venerado cada uma de Minhas Chagas”.

Um coração bem amoroso calculou o seguinte: o ano tem 365 dias, rezando em cada dia 15 (PAI NOSSO + AVE MARIA), rezaremos até o final do ano 5.475 orações venerando as Chagas do SENHOR. Mas assim, ficamos devendo 5 dias para completar as 5.480 Chagas conforme falou JESUS.

Isto porque o SENHOR disse que são 5.480 Chagas, e assim, a nossa profunda caridade deve concordar que faltam 5 orações ou 5 dias de orações, para igualar o número das Chagas. Então sugerimos que os 5 dias de orações que faltam, sejam preenchidos rezando cada dia as 15 ORAÇÕES de SANTA BRÍGIDA. E então, amorosamente, completaremos na realidade a veneração de todas as Chagas do SENHOR.

NOSSO SENHOR prometeu a Sua Misericórdia e a plenitude de Seu Divino Amor, a todos aqueles que venerarem dignamente e com perseverança as Suas Chagas. A “Misericórdia e o Amor de DEUS” têm dimensões infinitas é como um abismo de compaixão e piedade sem fim, o que assegura ao fiel a eterna amizade e o carinho do SENHOR por toda a vida.

Primeira Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS CRISTO, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor a todos nós. Lembrai dos Vossos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição Humana e, sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente Divina. Lembrai-Vos SENHOR, que, celebrando a Ceia com os Vossos Discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, os consolando lhes predissestes a Vossa Paixão iminente. Lembrai-Vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmo por estas palavras: "A Minha Alma está triste até a morte". (Mc 14, 34)

Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angústias e dores que suportastes em Vosso Corpo Sagrado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes e ter suado gotas de Sangue, fostes traído por Judas, Vosso Discípulo. TU foste preso, acusado por testemunhas falsas, e injustamente julgado por três juízes cínicos, pérfidos, e impudentes, sendo condenado de maneira sórdida e cruel. Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória destas penas e dores que suportastes, conceda-me, antes da minha morte, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, a fim de poder alcançar a Vossa Infinita Misericórdia. Assim seja!

Segunda Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS CRISTO, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos que acabrunhado pelas tristezas, quando Vossos inimigos, como leões furiosos Vos cercaram e, por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios, Vos atormentaram diabolicamente de maneira impiedosa e desumana. Em consideração a estes insultos e tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis me libertar dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e me fazer alcançar, com o Vosso auxílio, a necessária santidade para a salvação eterna. Assim seja!

Terceira Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai da Vossa dor, cheia de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz as Vossas Mãos e os Vossos Pés Sagrados, os transpassaram com grandes cravos de ferro, dilacerando a carne e rompendo as veias, com violência e brutalidade, exacerbando as Vossas dores. Depois, Vos estenderam sobre a Cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, os Vossos membros. Eu vos suplico SENHOR, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta mansidão, como se todos aqueles atos inauditos e covardes, fizessem parte do procedimento normal da crucificação, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Infinito e Misericordioso Amor. Assim seja!

Quarta Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, médico celeste, que fostes Crucificado para curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, de modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. Da planta dos pés ao alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto, esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar ao Vosso PAI ETERNO, pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo: "PAI, perdoai-lhes não sabem o que fazem". (Lc 23, 34) Por Sua grande misericórdia e em memória de Vossa dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura e sofrimento, opere em mim uma perfeita contrição e um verdadeiro arrependimento de todos os meus pecados. Assim seja!

Quinta Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando a luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa Santa Paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa de seus pecados. Mas as dimensões infinitas de Vossa Misericórdia fizeram com que lastimastes amargamente, a sorte daqueles infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por este abismo de compaixão e piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: "Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso", (Lc 23, 43) eu suplico adorado JESUS, que na hora da minha morte useis de misericórdia comigo. Assim seja!

Sexta Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, Rei amável e de todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, pregado e levantado na Cruz como um miserável pecador e desprezível bandido, esquecido por todos. Somente Vossa MÃE bem amada e algumas Santas Mulheres, assim como João, o Discípulo que “ELE amava”, (Jo 19, 25-27) permaneceram fielmente junto a Vós na agonia. Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então transpassou a alma de Vossa Santa MÃE, que tenhais compaixão de mim, em todas as minhas angústias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que Vos digneis me assistir nas provações que sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja!

Sétima Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, fonte inexaurível de piedade, que por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: "Tenho sede!", (Jo 19, 28) mas sede de salvação do gênero humano. Eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis estimular o desejo em meu coração de buscar a perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor aos desejos mundanos. Assim seja!

Oitava Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes na Cruz, concedei-me a graça de receber dignamente o Vosso Corpo e o Vosso Preciosíssimo Sangue, durante toda a minha vida e também, na hora da minha morte, afim de que sirvam de remédio e de consolo para o meu corpo e minha alma. Assim seja!

Nona Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, amor eterno, alegria do espírito, lembrai-Vos da dor que suportastes, quando envolvido pela amargura, ao sentir aproximar a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por Vosso PAI dizendo: "Meu DEUS, Meu DEUS, porque Me abandonastes?" (Mt 27, 46) Por esta angústia eu Vos suplico ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores durante a vida e na morte. Assim seja!

Décima Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, em consideração a extensão das Vossas Chagas, ensinai-me a guardar os Vossos Mandamentos, para que eu possa revelar uma sincera caridade na vida e um digno desempenho no cotidiano, testemunhos de minha profunda amizade ao SENHOR e da completa conversão de meu coração. Assim seja!

Décima Primeira Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, abismo eterno de misericórdia, suplico-Vos, em memória das Vossas Chagas, cujas dores penetraram até a medula dos Vossos ossos e entranhas, que Vos digneis afastar esse pobre pecador das transgressões e ofensas em que está submerso, conduzindo-o para longe do pecado. Vos Suplico também, me esconder de Vossa face irritada, me ocultando dentro das Vossas Chagas, até que a Vossa cólera e a Vossa justa indignação tenham passado contra a minha vida. Assim seja!

Décima Segunda Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, espelho da verdade, sinal da unidade, laço de caridade, lembrai-Vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, a ponto de ficardes dilacerado e coberto de Chagas. Ó quão grande e universal foi à dor que sofrestes por nosso amor! Ó Dulcíssimo JESUS, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o Vosso Precioso Sangue, todas as Vossas Chagas em meu coração, afim de que eu relembre, sem cessar, as Vossas Dores e o Vosso Amor. Que pela fiel lembrança da Vossa Paixão, Seus Sofrimentos sejam renovados em mim, cada dia mais, até que eu me encontre, finalmente, Convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Conceda-me JESUS, o poder de gozar semelhante ventura na vida eterna. Assim seja!

Décima Terceira Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, Rei imortal e invencível, lembrai-Vos da dor que Vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, que não podia mais levantar o tórax para respirar, porque também as câimbras se apossaram de Vosso Corpo, e então, num derradeiro suspiro, inclinastes a cabeça dizendo: "Tudo está consumado!" (Jo 19, 30) Por esta angústia e por esta dor, eu Vos suplico SENHOR JESUS, que tenhais piedade de mim, quando soar a minha última hora e a minha alma e o meu espírito estiverem cheios de aflições. Assim seja!

Décima Quarta Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, Filho Único do PAI, esplendor e imagem da sua Substância Divina, lembrai-Vos da humilde recomendação que dirigistes ao PAI ETERNO, dizendo: "Meu PAI, em Vossas Mãos entrego o Meu Espírito!" (Lc 23, 46) Depois expirastes, estando o Vosso Corpo despedaçado, Vosso Coração transpassado e as entranhas abertas, cheias da Vossa Misericórdia, sempre disponíveis para nos resgatar. Por esta preciosa morte eu Vos suplico, ó Rei do Universo, que me deis força e me socorra, para resistir ao demônio, à tentação da carne a ao sangue, afim de que, estando morto para o mundo, eu possa viver somente para Vós. Na hora da morte, receba, eu Vos suplico Meu SENHOR, a minha alma peregrina e exilada que retorna a Vós. Assim seja!

Décima Quinta Oração

PAI NOSSO + AVE MARIA + GLÓRIA

Ó JESUS, vide verdadeira e fecunda, lembrai-Vos da abundante efusão de Sangue, que tão generosamente derramastes de Vosso Sagrado Corpo sobre toda humanidade e também sobre mim. Do Vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram Sangue e Água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer de Misericórdia e de Amor. Porque do Sangue e da Água fizeste nascer a Vossa Igreja. Enfim, por esta tão amarga Paixão e pela efusão de Vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó Bom JESUS, que recebais a minha alma quando concluída minha missão estiver deixando o meu corpo, ansiando para alcançar os Vossos braços carinhosos de PAI. Assim seja!

ORAÇÃO FINAL

Ó JESUS querido, envolvei o meu coração, afim de que as lágrimas de arrependimento, de compunção e de amor, noite e dia lavem o meu espírito e elimine os meus muitos pecados. Convertei-me inteiramente a Vós. Que o meu coração Vos sirva de perpétua habitação. Que a minha conduta Vos seja agradável e que o fim da minha vida seja de tal modo edificante que eu possa ser admitido no Vosso Paraíso, onde, com os vossos Santos, hei de Vos louvar para sempre, eternamente. Assi

Bendito Seja ( de São Francisco de Assis)


Bendito sejam as dificuldades que nos agridem e nos fazem pensar.
Benditas sejam as horas que gastamos em função do Bem eterno.
Bendito seja quem nos maltrata á primeira vista e nos ajuda a melhorar.
Bendito seja quem não nos conhece e não acredita em nós.
Bendito seja quem nos compara com preguiçosos e indolentes.
Bendito seja quem nos expulsa, como párias ou fanáticos.
Bendita seja a mão que nos nega o cumprimento.
Bendito seja quem quer nos esquecer, impaciente.
Bendito seja quem nos nega o pão de cada dia.
Bendito seja quem nos ataca por ignorância e covardia.
Bendito seja quem nos experimenta no correr do tempo.
Bendito seja quem exige de nós a perfeição.
Bendito sejam os que maltratam o coração porque, verdadeiramente, são estes, meus filhos, os nossos vigilantes e os que nos ajudam a seguir o Cristo com maior segurança, pois Deus, através deles, nos ajuda na auto educação, de maneira que fiquem abertas todas as portas para o Amor Universal.

terça-feira, 15 de junho de 2010

"A alma tíbia dilacera o meu coração"



Em suas belas aparições á Santa Faustina Kowalska , Jesus revelou-lhe o verdadeiro caminho da perfeição, a verdadeira caridade, profecias sobre os finais dos tempos, o grande poder da oração, a fé que capaz era de tudo mudar.
Mas sobretudo, com muita tristeza disse Jesus Cristo á Santa Faustina durante sua oração da Via-Crucis que nada existia pior para ele, ele que é a santidade por essência, que a alma tíbia, disse Nosso Senhor: "A alma tíbia dilacera o meu coração".Almas tíbias são almas perdidas no mundo terreno, no mundo das tentações terríveis, estas mornas almas, não sentem a presença de Nosso Senhor, riem muitas vezes dos Santos sacramentos, vão á Igreja somente por obrigação, e não por amor á Jesus, suas orações são automáticas e não alcançam o céu.Estas almas que não são quentes nem frias tem somente o calor para se manterem vivas, são como cadáveres, porque seus corações é como a mais dura rocha, pois é extremamente duro e incapaz de penetrar a divindade.
Estas almas em tão triste estado, a isto não enxergam e são dificilmente curadas, porque para elas somente a Misericórdia Divina do Senhor Jesus é a salvação, não há outro caminho pelo qual busquem a salvação e a encontrem.Almas estas que se assim saírem do mundo, padecerão ardentemente do fogo terrível do inferno, onde jamais haverá libertação.Infelizmente estas almas só percebem seu triste estado quando já estão a pagar pelo mal que eles lhe causaram.
Tirar almas do estado da tibieza a muito agrada á Nosso Senhor, que faz com que coloquemo-as no abismo de sua Divina Misericórdia, onde há toda a salvação, toda a libertação, toda a esperança.

A Estigmatização da Grande Serva do Altíssimo, Santa Gemma Galgani


Este relato á seguir foi escrito por Santa Gemma Galgani, serva da Paixão do Senhor Jesus Cristo,o amou até o fim.Este relato dá-se da época de sua primeira Eucaristia, quando tinha de 11 a 12 anos de idade, devido á seu amor tão grande por Jesus recebeu seus estigmas:

«No dia 8 de junho de 1899 depois da Comunhão, Jesus me avisou que de noite me teria feito uma graça muito grande. Fui no mesmo dia confessar-me e disse ao Monsenhor. Ele respondeu que eu estivesse bem alerta a referir-lhe depois tudo o que acontecesse.

Era de noite: de repente, mas cedo que o normal, senti uma dor interna do meus pecados, mas o senti tão forte, que estava quase para morrer. Depois disso me sinto recolher todas as potências da alma: o intelecto não conhecia que os meus pecados e a ofensa de Deus; a memória me lembrava de tudo e me fazia ver todos os tormentos que Jesus tinha padecido para salvar-me; a vontade me fazia detestar todos os pecados e prometer de querer sofrer para poder expiá-los. Muitos pensamentos vieram na minha mente: eram pensamentos de dor, de amor, de temor, de esperança e de conforto.

Com o recolhimento interno logo depois veio o extase dos sentidos e eu me encontrei diante a Mãe minha do céu, que havia à sua direita o meu Anjo da Guarda, que me recomendeu de recitar o ato de contrição. Depois que havia terminado, a Mãe me disse estas palavras: "Filha, em nome de Jesus que sejam remetidos todos os seus pecados". Depois acrescentou: Jesus, meu filho, te ama muito e quer fazer uma graça a ti; saberás ser digna? A minha miséria não sabia o que responder.

Acrescentou ainda: "Eu serei a tua mãe, tu demonstrarás ser a minha verdadeira filha? Abriu o manto e com ele me cobriu. Naquele instante apareceu Jesus, que tinha todas as feridas abertas; mas daquelas feridas não saia mais sangue, saíam como chamas de fogo, que em um só momento vieram tocar as minhas mãos e os meus pés e o coração. Me senti morrer, teria caído no chão; mas a Mãe me socorreu, cobrindo-me sempre com o seu manto.

Por diversas horas me convinha ficar naquela posição. Depois, a minha Mãe me beijou na testa e tudo desapareceu e me encontrei de joelhos no chão, mas sentia ainda uma forte dor nas mãos, aos pés e ao coração. Me levantei para colocar-me na cama e me dei conta que da parte onde doía, saía sangue. Cobri aquelas partes como pude e depois, ajudada pelo meu Anjo, pude colocar-me na cama. Aquelas dores, aquelas penas, invez de dar-me aflição, me traziam uma grande paz perfeita.

Na manhã seguinte com muita fadiga pude ir pegar a Comunhão e me coloquei as luvas, somente para esconder as mãos. Não conseguia ficar em pé; a cada momento pensava de morrer. Aquelas dores me duraram até às tres de sexta-feira, festa solene do S. Coração de Jesus. Isto eu deveria dizer ao Confessor, mas fui confessar-me diversas vezes e não disse nada. Ele me perguntou muitas vezes mas eu respondia sempre que não.»

Revelações de Nosso Senhor á Santa Catarina de Siena, Doutora da Igreja



Assim disse Nosso Senhor, Jesus Cristo-o Rei dos céus, á sua serva, Catarina de Siena, que encontrava-se a escutar:

"No Juízo Particular, no instante final, quando a pessoa compreende que não pode fugir das Minhas Mãos recupera a visão que a atormenta interiormente fazendo-a ver que por própria culpa chegou a tão triste situação.
Se o pecador se deixar iluminar e se arrepender, não por medo dos castigos infernais, mas por ter ofendido a Suma e Eterna Bondade, AINDA SERÁ PERDOADO.
Mas, se ultrapassar o momento da morte nas trevas, no remorso, sem esperança no Sangue, ou então, lamentando-se apenas pela infelicidade em que se acha - e não por ter Me ofendido - irá para a perdição.
Sobrevirá pois, a repreensão pela injustiça e falso julgamento.
Em primeiro lugar a repreensão da injustiça e do julgamento falso em geral, praticados no conjunto de suas ações, durante a vida; depois, em particular, do último instante quando o pecador considera seu pecado maior que a Minha misericórdia.
Este é o pecado que não será perdoado, nem aqui nem no além.
O desprezo voluntário da Minha misericórdia constitui pecado mais grave que todos os anteriores
Filha, tua linguagem é incapaz de descrever os sofrimentos desses infelizes condenados.
Sendo três os seus vícios principais - egoísmo, medo de perder a boa fama e orgulho - aos quais se acrescentam a injustiça, a maldade e impureza, no inferno os pecadores padecem de quatro tormentos principais.
O primeiro é a ausência da Minha visão.
Um sofrimento tão grande que os condenados, se fosse possível, prefeririam sofrer o fogo vendo-Me, que ficar de fora dele sem Me ver.
O segundo, como conseqüência, é o remorso que corrói o pecador privado de Mim, longe da conversação dos anjos, a conviver com os demônios.
Aliás, a visão do diabo constitui o terceiro tormento.
Ao vê-lo duplica-se o sofrer.
Nestes (demônios), eles se conhecem melhor, entendendo que por própria culpa mereceram o castigo.
Assim o remorso os martiriza e jamais cessará o ardor da consciência.
Muito grande é este tormento, porque o diabo é visto do próprio ser; tão horrível é a sua fealdade, que a mente humana não consegue imaginar.
Se ainda o recordas, já te mostrei o demônio assim como ele é; foi por um átimo de tempo.
Quando retornastes ao sentido, preferias caminhar por uma estrada de fogo até o juízo final que tornar a vê-lo.
No entanto, apesar do que viste ignoras a sua fealdade, especialmente porque, segundo a justiça divina, ele é visto mais ou menos horrível pelos condenados, segundo a gravidade das culpas.
O quarto é o fogo.
Um fogo que arde sem consumir, sem destruir o ser humano.
É algo de imaterial, que não destrói a alma incorpórea.
Na Minha justiça permito que tal fogo queime, faça padecer, aflija; mas não destrua.
É ardente e fere de modo crudelíssimo em muitas maneiras, conforme a diversidade das culpas.
A uns mais, a outros menos, segundo a gravidade dos pecados.
Destes quatro tormentos derivam os demais: o frio, o calor, o ranger de dentes (Mt, 22,13)
Grande é o ódio dos condenados, pois já não amam o bem.
Blasfemam continuamente contra Mim!
Queres saber por que já não podem desejar o bem? É porque, no fim desta vida, vincula-se o livre arbítrio.
Com o cessar do tempo, já não se merece mais.
Quem termina esta existência em pecado mortal, por direito divino fica para sempre apegado ao ódio, obstinado no mal, a roer-se interiormente.
Seus sofrimentos irão aumentando sempre, especialmente por causa das demais pessoas que por sua causa irão para a condenação.
O homem justo (no mesmo Juízo) ao encerrar sua vida terrena no amor, já não poderá progredir na virtude.
Para sempre continuará a amar no grau de caridade que atingiu até Mim.
Também será julgado na proporção do amor.
Continuamente Me deseja, continuamente Me possuí; suas aspirações não caem no vazio.
Ao desejar, será saciado; ao saciar-se, sentirá ainda fome; distanciando-se assim, do fastio da saciedade e do sofrimento da fome.
Os bem-aventurados gozam da Minha eterna visão.
Cada um no seu grau, de acordo com a caridade em que vieram participar de tudo o que possuo.
Desfrutam na alegria e gozo - dos bens pessoais e comuns que mereceram.
Colocados entre os anjos e santos com eles se rejubilam na proporção do bem praticado na terra.
Entre si congraçados na caridade os bem-aventurados de modo especial comunicam-se com aqueles que amaram no mundo.
Não penses que a felicidade celeste seja apenas individual.
Não! Ela é participada por todos os cidadãos da pátria, homens e anjos.
Quando chega alguém à vida eterna, todos sentem sua felicidade da mesma forma como ele participa do prazer de todos.
Em seus anseios os eleitos clamam continuamente diante de Mim em favor do mundo inteiro.
Suas vidas haviam terminado no amor fraterno; continuam no mesmo amor.
Aliás, foi exatamente por tal caridade que passaram pela porta que é Meu Filho
Por ocasião do Juízo Final, o Verbo encarnado virá com divina majestade para repreender o mundo.
Não mais se apresentará pobrezinho na forma como nasceu da Virgem, na estrebaria, entre animais, para morrer depois no meio de ladrões.
Naquela ocasião, ocultei n'Ele o Meu poder e permiti que suportasse penas e dores como homem.
A natureza divina se unira a humana e foi enquanto homem que sofreu para reparar as vossas culpas.
No juízo final, não será assim, pois virá com poder a fim de julgar.
As criaturas humanas estremecerão e Ele a cada um dará sentença conforme merecimento.
Tua língua não conseguirá exprimir o que se sucederá aos condenados.
Para os bons, Jesus será motivo de temor santo e alegria imensa.
Os bem-aventurados continuam no céu, eternamente, aquele mesmo amor com que encerraram a vida terrena.
Eles em nada se distanciam de Mim.
Seus desejos estão saciados.
Anseiam em ver-Me glorificado por vós viandantes e peregrinos que sois em direção à morte.
Aspirando por Minha honra, querem vossa salvação e sempre rogam por vós; de Minha parte, escuto os seus pedidos naquilo em que vós, por maldade, não opondes resistência à Minha bondade.
Os bem-aventurados desejam recuperar os seus corpos; todavia não sofrem por sua ausência.
Até se alegram, na certeza de que tal aspiração será realizada.
A ausência do corpo não lhes diminui o prazer, não é angustiante, não faz sofrer.
Nem julgues que a satisfação de ter o corpo após a ressurreição lhes traga maior bem-aventurança.
Se isso fosse verdade, seria sinal que a felicidade anterior era imperfeita, enquanto não o reouvessem, e isso não pode ser.
De fato, nenhuma perfeição lhes falta.
Não é o corpo que faz feliz a alma, mas o contrário.
Quando esta recupera o corpo no dia do juízo, participará ele da plenitude e da perfeição da alma.
Naquele dia, esta se fixará para sempre em Mim, e o corpo em tal união, ficará imortal, sutil, leve.
Deves saber que o corpo ressuscitado pode atravessar uma parede, que o fogo e a água não o ofendem.
Tal propriedade lhe advém, não de uma virtude própria, mas por uma força que gratuitamente concedo à alma, que foi criada à Minha imagem e semelhança num inefável ato de amor.
Tua inteligência não dispõe da capacidade necessária para entender, nem teus ouvidos para escutar, a língua para narrar e o coração para sentir qual é a felicidade dos santos.
Ocupei-Me da felicidade dos santos para que entendesses melhor a infelicidade dos condenados ao inferno.
Aliás, outro tormento destes últimos, é ver quanto os bem-aventurados são felizes.
Tal conhecimento acresce-lhes a pena, da mesma forma como a condenação dos maus leva os justos a glorificar Minha bondade.
A luz é mais evidente na escuridão, e a escuridão na luz.
Conhecer a alegria dos santos é dor para os réus do inferno.
Os condenados aguardam com temor o dia do juízo final.
Sabem que então seus sofrimentos aumentarão.
As escutar o terrível convite: " mortui, venite ad judicium", a alma retornará ao corpo.
Para os bem-aventurados será um corpo de glória; para os réus um corpo para sempre obscurecido.
Diante do Meu Filho, sentirão grande vergonha.
Também diante dos santos.
O remorso martirizará a profundidade do seu ser, quero dizer, a alma; mas também o corpo.
Acusá-los-ão: o Sangue de Cristo, por eles derramado; as obras de misericórdia, espirituais e corporais, do Meu Filho, o bem que eles mesmos deveriam ter praticado em benefício dos outros, segundo o evangelho.
Terá seu castigo a maldade com que trataram os irmãos, pois Eu mesmo, compassivo, perdoara-lhes (Mt 18,33).
Serão repreendidos pelo orgulho, egoísmo, impureza, ganância; e tudo isso reavivará seus padecimentos.
No instante da morte, somente a alma é repreendida; no juízo final também o corpo, por ter sido instrumento da alma na prática do bem e do mal conforme a orientação da vontade.
Todo bem e todo mal é feito através do corpo por este motivo, Minha filha, os justos terão no corpo glorificado uma luz e um amor infinitos; já os réus do inferno sofrerão pena eterna em, seus corpos, usados para o pecado.
Ao recuperar o corpo diante de Jesus ressuscitado, os réus sentirão tormento renovado e acrescido: a sensualidade sofrerá na sua impureza, vendo a natureza humana unida à divindade, contemplando este barro adâmico - vossa natureza - colocada acima de todos os coros angélicos, enquanto eles, os maus, estarão no mais profundo abismo.
Os condenados verão brilhar sobre os eleitos a liberalidade e a misericórdia, quais frutos do Sangue de Cristo; saberão das dificuldades suportadas pelos bons e que agora se mostram em seus corpos como frisos de adornos para as vestes.
O valor de tais sofrimentos físicos não provém do corpo mas da riqueza da alma; é ela que dá o corpo o merecimento da luta como companheira da prática das virtudes.
Tal exteriorização se verifica porque o corpo manifesta o resultado das batalhas das alma, como o espelho reflete a face do homem.
Ao se verem privados de tamanha beleza, os habitantes das trevas verão surgir nos próprios corpos os sinais dos pecados e terão maiores tormentos e confusão.
E ao soar aquela terrível sentença: "Ide, malditos, para o fogo eterno".
Suas almas e corpos encaminhar-se-ão para a companhia de demônios, sem mais remédios nem esperança.
Cada um a seu modo, se envolverá na podridão que viveu na terra, de acordo com as ações que praticou: o avarento arderá na sua ganância dos bens que desordenadamente amou; o maldoso, na sua ruindade; o impuro na imunda e infeliz concupiscência; o injusto nas suas iniqüidades; o rancoroso no seu ódio pelos outros.
Quanto ao egoísmo fonte de todos os males arderá como princípio causador de tudo em sofrimentos insuportáveis.
O orgulho terá igual sorte.
Assim, corpo e alma serão punidos em todos os vícios.
Sirvo-Me do demônio qual instrumento da Minha justiça para atormentar os que Me ofendem.
Nesta vida o coloquei qual tentador, molestando os homens.
Não para que estes sejam vencidos, mas para que conquistem a vitória e o prêmio pela comprovação das virtudes.
Ninguém deve temer as possíveis lutas e tentações do demônio.
Fortaleci os homens, dei-lhes energia para vontade, no Sangue de Cristo.
Demônio ou criatura alguma conseguem dobrar a vontade.
Ela vos pertence, é livre.
Vós é que escolheis o querer ou não querer alguma coisa.
Eu disse que o demônio convida os homens para a água-morta, a única que lhe pertence, cegando-os com prazeres e satisfações do mundo.
Usa o anzol do prazer e fisga-os mediante a aparência de bem.
Sabe ele que por outros caminhos nada conseguiria; sem o vislumbre* de um bem ou satisfação, os homens não se deixam aprisionar; por sua própria natureza, a alma humana tende ao bem.
Infelizmente, devido à cegueira do egoísmo, o homem não consegue discernir qual é o bem verdadeiro, realmente útil ao corpo e à alma.
Percebendo isto, o demônio, maldoso, apresenta-lhe numerosos atrativos maus, disfarçados porém sob alguma utilidade ou prazer.
A certeza da Minha presença em suas vidas, é o conhecimento da Minha verdade.
Tal conhecimento se realiza na inteligência que é, o olho da alma; pupila de tal olho é a fé.
Pela iluminação da fé, eles distinguem, conhecem e seguem a estrada mensagem do Verbo Encarnado.
Sem a fé ninguém reconhece tal estrada, à semelhança daquele que possuísse o olho, mas coberto por um pano.
Sim, a pupila desse olhar é a fé; nada verá quem cobrir sua inteligência com o pano da infelicidade, por causa do egoísmo.
Tal pessoa terá a inteligência, mas não a luz para conhecer.
Como afirmei antes, ninguém consegue seguir o caminho da verdade sem a luz da razão - recebida de Mim com a inteligência - e sem a luz da fé, infundida na hora do santo batismo, supondo que não destruais esta última com vossos pecados."